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sábado, 2 de março de 2013

A Glândola da minha semana de experiências

Antes de mais, não se ofendam, que o título é uma inside joke e tem um caráter carinhoso...

(A imagem por demais arrepiante é do Público, que a liberdade de expressão é boa e quer-se, mas os direitos de autor também)

Pois é, meninos e meninas, a vossa amiga extremamente timida, agorafóbica e glossofóbica esteve não só num casting, como no meio de uma manifestação, no espaço de três dias. E não morreu.

Foi para os dois casos a pensar que não se ia meter, que ia só ver, chegou a pensar em sair, mas ficou. E soube bem.

E da primeira coisa falarei depois com calma, agora quero falar da Glândola (a minha língua tende a enrolar-se quando tento dizer Grândola) entoada por - dizem que -  um milhão de pessoas nos Aliados há duas horas atrás, e do quão arrepiante foi estar lá meio.

A verdade é que eu sou das pessoas que acham que neste país manifestar-se é perder tempo. e muitas das vezes ser hipócrita. É verdade que achei o desfile em cima pobre e quase a dar ares de desfile fúnebre. É verdade que me ri de muitos dos intervenientes com os seus discursos incoerentes e exacerbados  E é verdade que achei que a cantoria que vi quase todos os dias na TV estava a perder o sentido com cada nova tentativa.

Mas não posso negar o poder inesquecível de uma avenida inteira a cantar, mesmo que por vezes fosse mais em eco que uníssono.

Pena que a parte cética de mim saiba, que o que eu senti, não vai sentir na consciência a quem a carapuça devia servir...

1 comentários:

Sara S. disse...

Da minha parte, acho que o sair à rua, expôr com outras vozes as injustiças de que somos alvo, apontar o dedo a quem erra e a quem não sabe governar, fazem parte do caminho que leva à derradeira solução. Mas tenho de concordar que houve desorganização e falhas no cantar da Grândola que em parte estragaram o que ali se pretendia. No entanto, mesmo com esses erros e mesmo que a carapuça não seja enfiada por quem deve, no global, o panorama foi o pretendido e o povo expressou a sua opinião. Agora é só esperar por resposta, se é que os cobardolas dirão alguma, ou então aguardar por nova manifestação. Parados é que não ficaremos.
(Fiquei curiosa quanto à ideia do casting :P)
Beijinhos